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Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia avança para nova fase de implantação

Grupo de pesquisadores no Parque das Árvores Gigantes Divulgação Durante duas semanas, equipes multidisciplinares percorreram extensas áreas de floresta, ri...

Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia avança para nova fase de implantação
Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia avança para nova fase de implantação (Foto: Reprodução)

Grupo de pesquisadores no Parque das Árvores Gigantes Divulgação Durante duas semanas, equipes multidisciplinares percorreram extensas áreas de floresta, rios e comunidades para definir o local de instalação da base operacional do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia, em Almeirim, na região oeste paraense. A missão técnica representa o início do ciclo de execução da infraestrutura e das diretrizes de gestão da unidade de conservação. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp Dados ambientais, logísticos e socioeconômicos foram mapeados para subsidiar as próximas fases do Projeto “Árvores Gigantes para uma Nova Era – Fase II”. A iniciativa é conduzida pelo Governo do Pará, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), a Vonát Consultoria e Treinamentos e a Cooperativa de Ecoturismo do Vale do Jari (Coopetu Jari), com apoio do Andes Amazon Fund (AAF). O trabalho de campo abriu o ciclo de implantação do Parque, criado em 2024, e envolveu uma operação complexa, com trajetos que somaram mais de 200 quilômetros entre deslocamentos fluviais e terrestres. A equipe técnica enfrentou corredeiras, cachoeiras e trechos de difícil acesso para alcançar o interior da unidade de conservação. O reconhecimento do território permitiu mapear rotas seguras, pontos de risco e áreas de grande beleza cênica, reforçando o potencial da região para o ecoturismo, o turismo de aventura e a observação da natureza. O levantamento dessas informações será fundamental para estruturar a base operacional do Parque, que contará com recepção, alojamentos, cozinha, escritório, trapiche e sistemas sustentáveis de energia fotovoltaica e captação de água. Árvores Gigantes da Amazônia Estudos Durante a missão, foram realizadas avaliações ambientais e climáticas, mapeamento de trilhas e identificação de áreas sensíveis e potenciais atrativos turísticos. Árvores vivas e troncos caídos foram catalogados para possível aproveitamento sustentável na construção das futuras instalações, reduzindo o impacto ambiental da obra. Esse cuidado reforça o compromisso do projeto com uma implantação ambientalmente responsável e alinhada aos princípios de conservação e uso racional dos recursos naturais. As atividades também incluíram oficinas e visitas técnicas nas comunidades de São Francisco do Iratapuru, Cachoeira Santo Antônio, São José e Padaria. Nessas localidades, foram realizados encontros de sensibilização e capacitação de operadores e condutores de turismo em temas como competências mínimas para guias e gestão de riscos. Expedição no Parques Estadual das Árvores Gigantes Divulgação Questionários socioeconômicos foram aplicados junto às lideranças comunitárias, com o objetivo de subsidiar a formação do Conselho Gestor e a elaboração do Plano de Gestão do Parque, que seguirá uma metodologia participativa e inclusiva. Marco Ambiental O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou o significado da nova etapa de implantação do Parque como um marco na política ambiental do Estado. “Esta nova fase representa muito mais do que a construção de uma base operacional — é o início de uma jornada para transformar um patrimônio natural único em um espaço de conhecimento, turismo responsável e geração de oportunidades para as comunidades locais. O Ideflor-Bio reafirma seu papel de guardião das florestas e promotor de um modelo de gestão que valoriza a Amazônia e o povo que nela vive”, ressaltou. Para a coordenadora de Projetos do Programa de Políticas Públicas, Clima e Conservação da FAS, Juliane Menezes, a missão consolida a transição entre o planejamento e a execução. “A primeira fase do projeto foi dedicada à descoberta e à criação do Parque. Agora, iniciamos uma etapa prática, com foco na implantação de infraestrutura e no fortalecimento do protagonismo comunitário. Essa missão foi essencial para planejar as ações de forma integrada, conciliando conservação, pesquisa e geração de renda local”, afirmou. O gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio e presidente da Rede Brasileira de Trilhas, Júlio Meyer, destacou o potencial turístico e científico da unidade de conservação. “Parque é uma categoria de unidade que tem como propósito a visitação. Estamos estudando formas seguras e experiências imersivas para que as pessoas conheçam esse santuário de árvores gigantes, de biodiversidade abundante e cultura tradicional. A base operacional será essencial para proteger o território, apoiar pesquisas e impulsionar o turismo de natureza com padrão internacional”, avaliou. Continuidade Com o encerramento da missão, o projeto avança para novas fases, incluindo a contratação de empresas especializadas na construção da infraestrutura e no manejo de trilhas. Também estão previstas oficinas participativas para a elaboração do Plano de Gestão e a formação do Conselho Gestor, que definirá as diretrizes de conservação e uso público do Parque. As ações de capacitação e mentoria para operadores de turismo locais continuarão, assegurando a integração das comunidades no processo de gestão. Criado em setembro de 2024, o Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia protege cerca de 560 mil hectares de floresta e abriga algumas das maiores árvores já registradas no Brasil — entre elas, o angelim-vermelho (Dinizia excelsa Ducke), com 88,5 metros de altura e aproximadamente 400 anos. O Projeto “Árvores Gigantes para uma Nova Era – Fase II” busca consolidar esse patrimônio com base na ciência, na sustentabilidade e na valorização das populações tradicionais. Com o avanço dessa nova fase, o Pará reafirma sua liderança em políticas de conservação florestal e desenvolvimento sustentável na Amazônia. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região