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MPPA move ação contra Associação Boto Cor de Rosa por falta de prestação de contas de recursos públicos

Boto Cor de Rosa Arquivo/g1 A 12ª Promotoria de Justiça Cível de Santarém, no oeste do Pará, ajuizou Ação de Prestação de Contas contra a Associação ...

MPPA move ação contra Associação Boto Cor de Rosa por falta de prestação de contas de recursos públicos
MPPA move ação contra Associação Boto Cor de Rosa por falta de prestação de contas de recursos públicos (Foto: Reprodução)

Boto Cor de Rosa Arquivo/g1 A 12ª Promotoria de Justiça Cível de Santarém, no oeste do Pará, ajuizou Ação de Prestação de Contas contra a Associação Folclórica Boto Cor de Rosa, sediada na vila de Alter do Chão. A Ação, que tramita na 1ª Vara Cível e Empresarial de Santarém, visa obrigar a entidade a detalhar o uso de R$ 300 mil em recursos públicos recebidos no ano de 2018. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp O promotor de Justiça Túlio Chaves Novaes, titular da 12ª Promotoria de Justiça, que tem atribuições para fiscalização de entidades de interesse social que recebem recursos públicos, pede que a entidade seja obrigada a apresentar toda a documentação necessária para a prestação de contas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. O montante de R$ 300 mil foi repassado à Associação, pessoa jurídica de direito privado e de interesse social, pela prefeitura de Santarém, via Secretaria Municipal de Cultura (Semc), por meio do Termo de Fomento nº 002/2018-SEMC. A associação tem como objetivo apoiar atividades artísticas de relevante interesse para a cultura de Alter do Chão, promovendo e difundindo a tradição local, especialmente a festa do Sairé, quando são apresentadas as disputas dos “botos”. A ação judicial é o resultado de Procedimento Administrativo instaurado pela promotoria em 2019, com a finalidade de obter a prestação de contas. A entidade recebeu múltiplas notificações ao longo dos anos para apresentar toda a documentação, e chegou a apresentar um primeiro conjunto de informações. No entanto, relatórios técnicos emitidos em 2020 e 2024 pelo Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar do MPPA – Eixo Contabilidade, apontaram diversas falhas e pendências. Embora parte da documentação tenha sido entregue posteriormente, em 2024, o Núcleo do Terceiro Setor do MPPA (NTS), em análise final, apontou a necessidade de requisição de diversos “documentos complementares indispensáveis”, para verificar a regularidade da prestação de contas. Após novas notificações e reiterações, a entidade permaneceu inerte. Em maio de 2025, informou que estava buscando a documentação, mas os documentos ainda não haviam sido localizados. Diante da "reiterada omissão e da evidente recusa da entidade em prestar contas", o Ministério Público ajuizou a Ação para garantir a devida apuração da aplicação dos recursos recebidos. A promotoria requer a concessão de tutela de evidência para obrigar a entrega ao Ministério Público, no prazo de até 15 dias a contar da intimação, de toda a documentação relacionada à prestação de contas do ano-calendário de 2018. A Ação lista uma série de documentos e certidões legais, incluindo relatório das atividades desenvolvidas no período, acompanhado de elementos que comprovem a sua realização de acordo com as finalidades estatutárias, em linguagem acessível e com elementos que permitam à promotoria verificar a atuação (programas realizados, número de pessoas beneficiadas, meios utilizados para atingir as finalidades, valores gastos, número de voluntários), tudo devidamente assinado pelo representante legal. Por fim, a Promotoria pede a citação da Associação por oficial de Justiça, pelo seu representante legal, para que no prazo de 15 dias apresente a prestação de contas ou conteste a ação. E que seja julgado procedente o pedido do MPPA, obrigando a associação a apresentar todos os documentos solicitados, os quais serão devidamente devolvidos após a análise, sob pena do pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil, a ser destinada ao Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público do Estado do Pará. Esclarecimento Por meio de mensagem do WhatsApp, o advogado da Associação Boto Cor de Rosa, Luís Alberto Figueira (Pixica), informou estão sendo tomadas todas as providências legais. Segundo o advogado, até a manhã desta quinta-feira (6), a Associação Boto Cor de Rosa ainda não tinha sido notificada da ação. "Mas já diligenciamos e já estamos tomando todas as providências que o caso requer. Vale ressaltar que o Boto Cor de Rosa prestou contas referente ano 2018", afirmou Pixica. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região