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AmaJazzon 2025 começa nesta quinta e transforma Belém na capital mundial do jazz

Lenna Bahule (Moçambique), Uriel Herman (Israel/Hungria) e Karyna Gomes (Guiné-Bissau) estão entre as atrações do festival Divulgação Belém se torna pon...

AmaJazzon 2025 começa nesta quinta e transforma Belém na capital mundial do jazz
AmaJazzon 2025 começa nesta quinta e transforma Belém na capital mundial do jazz (Foto: Reprodução)

Lenna Bahule (Moçambique), Uriel Herman (Israel/Hungria) e Karyna Gomes (Guiné-Bissau) estão entre as atrações do festival Divulgação Belém se torna ponto de encontro do jazz mundial a partir desta quinta-feira (27), com o início da edição 2025 do AmaJazzon, festival internacional que conecta artistas da Amazônia, África, Ásia, Europa e Américas em três dias de apresentações, encontros e experimentações sonoras. A programação principal acontece no Theatro da Paz entre os dias 28 e 30 de novembro, e os ingressos estão à venda. Com artistas de Moçambique, Guiné, Noruega, Portugal, Polônia, Hungria, Brasil e EUA, o AmaJazzon reúne nomes consagrados e novas vozes da cena instrumental global em espetáculos inéditos criados especialmente para o festival. A proposta é cruzar linguagens, tradições e territorialidades, tendo a Amazônia como ponto de partida e de chegada. Segundo Anabela Cunha, curadora e co-diretora do festival, o AmaJazzon reafirma sua vocação como “um espaço de diálogos criativos”. “O AmaJazzon reforça sua missão de conectar artistas da Amazônia a músicos de diferentes partes do mundo. Não são apenas shows — é um território de escuta, troca e experimentação, onde as vozes e sons das águas e da floresta encontram ressonância global”, afirma. Amazônia no centro da criação O festival destaca a potência da criação amazônica por meio de grupos e artistas que vêm consolidando novas linguagens musicais a partir da região. Para a cantora e pesquisadora moçambicana Lenna Bahule, convidada do festival, a Amazônia tem papel fundamental nas conexões que o AmaJazzon estimula. “Não tem como pensar a música amazônica sem pensar em ancestralidade e tradição. Celebrar essa pluralidade é essencial. Para mim, é uma jornada profunda de autoconhecimento e risco — a arte é isso: transformar sombra em potência criativa e estar em verdade diante do mundo.” O grupo amapaense Marrecos Land, que celebra 20 anos de trajetória, também leva ao festival a identidade da música instrumental amazônica. “Nossa essência nunca mudou: fazemos música instrumental amazônica com liberdade e verdade. O diálogo com artistas de outros territórios é natural — a improvisação transcende fronteiras. No AmaJazzon essa troca se potencializa”, diz o grupo. A cantora e compositora amazonense Tainá e i o u, uma das vozes emergentes da região, destaca o papel da floresta como matriz criativa. “A Amazônia é uma estética e um conceito. Não é cenário, é sujeito. A paisagem sonora aparece nos timbres, na imprevisibilidade, no entrelaçamento de vozes. No AmaJazzon, essa geografia simbólica encontra outras geografias sonoras — e a floresta atua como mediadora desse encontro.” Amazônia Jazz Band Divulgação Intercâmbio multicultural e estreias mundiais O line-up reúne encontros inéditos, com destaque para: Norway Brazil Connection, com músicos da Noruega, EUA e Brasil, em fusão do jazz nórdico com ritmos brasileiros. Aga Kiepuszewska Trio, da Polônia, em colaboração com o coro da Fundação Carlos Gomes. Manuel de Oliveira e Bianca Gismonti, em diálogo entre fado contemporâneo, música brasileira e jazz. Amazônia Jazz Band, uma das orquestras de jazz mais longevas do país, em espetáculo especial com Tainá e i o u e Juliana Sinimbú. Laboratório de som Totalmente gratuita, a programação formativa reúne oficinas, rodas de conversa e práticas coletivas na UFPA e na Fundação Carlos Gomes. A iniciativa aproxima artistas amazônicos de músicos internacionais e estimula processos colaborativos de criação e improviso. As inscrições são online e gratuitas. Serviço — AmaJazzon 2025 📍 Local: Theatro da Paz – Belém (PA) 📅 Datas: 28, 29 e 30 de novembro de 2025 🎟️ Ingressos: à venda na bilheteria do teatro e online; combos promocionais para os 3 dias Programação 28 de novembro 19h — Norway Brazil Connection (Theatro da Paz) 20h15 — Duo EMUFPA – Sax & Piano (Foyer) 21h — Marrecos Land (Theatro da Paz) 29 de novembro 19h — Aga Kiepuszewska Trio (Theatro da Paz) 20h15 — Duo Abeto & Marfim (Foyer) 21h — Uriel Herman (Theatro da Paz) 23h — Matchume Zango + Karyna Gomes, com Félix Robatto (Casa Apoena) 30 de novembro 17h — Manuel de Oliveira + Bianca Gismonti (Theatro da Paz) 18h — EMUFPA Jazz Trio (Foyer) 20h — Amazônia Jazz Band + Tainá e i o u + Juliana Sinimbú (Theatro da Paz) VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará